
História
C.Povo
Criada por alvará de 26 de Fevereiro de 1970, a Casa do Povo do Estreito de Câmara de Lobos foi, depois das da Camacha, Santo António, Porto Santo e Boaventura, a quinta que se criou na Ilha da Madeira e a primeira a surgir no concelho de Câmara de Lobos.
A sua inauguração foi no dia 28 de Maio de 1970 e contou com a presença, entre outras individualidades, do Governador Civil do Distrito, Coronel António Braamcamp Sobral, do Bispo da Diocese do Funchal, D. João Saraiva, do Delegado do Instituto Nacional do Trabalho e Previdência, Dr. Rui Albuquerque, do Presidente da Caixa de Previdência, Dr. António Ascensão Gomes, do Presidente da Junta Geral, Coronel Fernando Homem da Costa e do Presidente da Câmara Municipal de Câmara de Lobos, António Prócoro de Macedo.
O principal impulsionador para a sua criação foi João Gomes, que viria a ser também o seu primeiro presidente. A sua preocupação pela crise que a agricultura estava a atravessar, motivada pela fuga dos trabalhadores para o estrangeiro ou para outras profissões, nomeadamente para a construção civil, onde dispunham, contrariamente ao trabalho agrícola, de regalias em termos de assistência médica e medicamentosa e ainda acesso a abono de família e reforma, constituíram as motivações, para que abraçasse a iniciativa da criação da Casa do Povo, instituição vocacionada para dar aos agricultores este tipo de regalias sociais.
Contudo, nesta tarefa, não poderemos deixar de salientar o papel do Dr. António Vitorino de Castro Jorge, que perante, as preocupações de João Gomes, a propósito do abandono a que a agricultura estava sendo votada, o informa da importância das Casas do Povo, na solução do problema e o incentiva a dar os passos necessários com vista à sua criação.
Após dois meses de árduos trabalhos, a Casa do Povo do Estreito estava finalmente criada.
Durante este período, muitas dificuldades João Gomes teve de vencer. Para além dos contatos necessários com vista à sua criação, o aluguer das instalações que lhe servissem de sede,revestiram-se de algumas dificuldades, uma vez que não foi sem alguma reserva que um sector da população, desconhecedora dos seus benefícios, a aceitou e, por isso, ninguém queria disponibilizar o espaço necessário.
Além disso, e, talvez com maior peso na recusa desse aluguer, estava ainda o risco do seu proprietário nunca mais poder dispor de tais instalações, dado o arrendatário ser o Estado.
No entanto, depois de intensa procura e algumas recusas, João Gomes, consegue que Francisco Garcia lhe arrende uma casa devoluta situada ao sítio da Ribeira da Caixa, e aí seria, então, instalada a Casa do Povo do Estreito.
Contudo, depois do 25 de Abril de 1974, importantes alterações são introduzidas a nível do sistema de saúde e são criadas as Direções Regionais de Segurança Social, fatores que vieram retirar a algumas Casas do Povo a razão da sua existência, principalmente naquelas onde as atividades recreativo-culturais não existiam ou eram deficientes e, desta forma, a Casa do Povo do Estreito, já numa fase em que, por motivos de saúde do seu principal impulsionador se tinha retirado da sua chefia, haveria de se extinguir.
Em 1990, depois de passados cerca de 15 anos de inatividade da Casa do Povo, Manuel Pedro Silva Freitas, empossado nesse ano como presidente da Junta de Freguesia do Estreito, consciente das carências da freguesia no plano recreativo, cultural e formativo e da importância que esta estrutura poderia, nesse aspeto, vir a desempenhar, inicia o processo que haveria de conduzir à sua reativação. Efetivamente, após um pedido de intervenção a esse propósito efetuado junto do Presidente do Governo Regional, Dr. Alberto João Jardim, por parte da Junta de Freguesia, a Casa do Povo é reativada por despacho da Secretaria Regional da Economia. De setembro a 14 de dezembro de 1990 são empossados os seus corpos gerentes, presidido por João Gualberto Ferreira.
Dada a inexistência de instalações, a Casa do Povo esteve a funcionar provisoriamente no edifício da Junta de Freguesia, passando a 14 de Maio de 1996, para as suas instalações definitivas, nesse dia inauguradas, pelo presidente do Governo Regional da Madeira.
A 21 de setembro de 2012 tomam posse novos membros dos Orgãos Sociais da Casa do Povo, sendo presidida desde então por Ana Maria Abreu de Jesus.
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Como objetivo primordial, a Casa do Povo promove o desenvolvimento rural, sustentando o caráter formativo, sociocultural e recreativo da comunidade, sendo regida pelos estatutos e pelas disposições legais aplicáveis.
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Terra onde se produz grande parte da uva que alimenta a fama do Vinho Madeira, o Estreito de Câmara de Lobos deve o seu nome a um pequeno lugar, que fica situado muito perto do local onde se encontra implantada a igreja paroquial e que devido às sua características físicas e orográficas, era conhecido por estreito.
Provavelmente em 1509, foi criada a paróquia, que tem como orago Nossa Senhora da Graça, com festividade certa no dia 15 de Agosto de cada ano.
A freguesia é limitada a Sul por Câmara de Lobos, a Norte pelo Jardim da Serra e Curral das Freiras, a Leste pela Ribeira dos Socorridos e a Oeste pela Quinta Grande e Câmara de Lobos.
Compõem a freguesia os seguintes sítios: Barreiros, Cabo do Podão, Casa Caída, Covão, Panasqueira, Fajã das Galinhas, Fontes, Garachico, Igreja, Marinheira, Pico e Salões, Quinta de S. António, Ribeira da Caixa, Ribeira Fernanda, Romeiras e Vargem.
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Assembleia Geral
Direção
Conselho Fiscal
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